terça-feira, 23 de agosto de 2016

NOTÍCIA: O EX-SECRETÁRIO DE ESTADO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES JOÃO BERNARDO VIEIRA FOI HOJE OUVIDO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO MAS IRÁ CONTINUAR DETIDO PELO MENOS NAS PRÓXIMAS 48 HORAS, DISSE O SEU ADVOGADO, CARLOS PINTO PEREIRA.



João Bernardo Vieira, detido no passado dia 17, só hoje foi ouvido pelo Juiz de Instrução Criminal (JIC) que informou o seu advogado que não tinha condições para decidir imediatamente sobre qual a situação do político.

A única decisão que o JIC tomou foi no sentido de manter Bernardo Vieira sob custódia da Polícia Judiciária pelo menos nas próximas 48 horas, conforme previsto no Código Processual Penal guineense, para comunicar se lhe aplica medidas de coação, se sai em liberdade ou se se mantem detido, adiantou Carlos Pinto Pereira.

"Esperamos que dentro desse prazo teremos uma decisão definitiva deste processo", sublinhou o advogado, adiantando que o juiz limitou-se hoje a apreciar o pedido de prisão preventiva solicitada contra João Bernardo Vieira pelo Ministério Público.

Carlos Pinto Pereira indicou igualmente que o juiz não apreciou sequer o pedido de 'habeas corpus' que interpôs, solicitando a libertação de João Bernardo Vieira, tendo remetido ao Ministério Público aquela petição para que aquela instância esclareça os motivos da prisão da detenção do político.

Até aqui o Ministério Público não informou ao tribunal sobre as razões da detenção de João Bernardo Vieira, disse o advogado.

No dia em que o político foi detido pela Polícia Judiciária, por ordem do Ministério Público, Carlos Pinto Pereira, indicara que o seu constituinte era acusado de ter faltado a uma audiência para a qual fora convocado quando ainda exercia funções no Governo.

Segundo Pinto Pereira, João Bernardo Vieira, não compareceu à audiência por não ter recebido nenhuma notificação do Ministério Público que o quer investigar por suspeitas de corrupção.

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), de que é porta-voz, diz que João Bernardo Vieira está a ser vítima de perseguição política por parte do Procurador-Geral da República e do próprio chefe de Estado guineense, José Mário Vaz.

Lusa

Nenhum comentário:

Postar um comentário