segunda-feira, 24 de outubro de 2016

ACORDO TRANSFORMOU-SE NO DESACORDO

A situação política vigente provoca em qualquer guineense um estado de enorme preocupação e frustração, atendendo as proporções alarmantes que a actual crise política tem vindo a registar nos últimos tempos.

Não constitui estranheza alguma afirmar que tanto a comunidade internacional, sociedade civil e a classe política, bem como o próprio povo já estão cansados do nosso Presidente da República, José Mário Vaz, devido a sua incapacidade política em resgatar o país da crise cíclica em que ele próprio o colocou, deixando-se substituir pelo mediador do CEDEAO, Prof. Alpha Conde, nas negações tendentes a encontrar uma solução a saída da crise.

Apesar do progresso alcançado nas negociações (refere-se o primeiro encontro mantido entre o PAIGC e o Grupo dos 15, o debate sério e franco entre os principais actores políticos sobre os passos que o país deverá trilhar nos próximos tempos, culminando com a assinatura do acordo político por todas as partes envolvidas no processo), o Presidente da República, José Mário Vaz, apareceu com o seu espírito de travar os avanços deste país e de aviltar todos os esforços que se têm vindo a conjugar no sentido de ultrapassar o bloqueio institucional.

Importa sublinhar, tendo em conta as considerações feitas e outras ainda por fazer, que o Presidente da República pode recusar o nome de um candidato ao cargo do primeiro-ministro, pois não está adstrito a nomear quem quer que seja, conquanto a recusa tenha de se fundar em razões de interesse público, baseando nos critérios objectivos, e não invocar motivos de carácter pessoal, como se tem vindo a verificar ao longo do seu mandato. O mais grave é que ele foi permitido apresentar os nomes, e apresentou três nomes ao mediador da CEDEAO, Prof. Alpha Conde, sustentando que são pessoas com que, sendo da sua confiança, poderá coabitar. E, hoje, está a desacreditar um dessas figuras que ele próprio apresentou, pelo facto de a escolha do PAIGC, partido vencedor das últimas eleições legislativas com maioria absoluta, recair sobre a mesma pessoa. 

Falando ainda do acordo, este foi claro quanto a partilha de pastas governamentais, dizendo que as mesmas se devem partilhar entre os partidos políticos com assento parlamentar, de harmonia com o princípio de proporcionalidade. O que equivale a dizer que deverão ocupar as pastas em função da representação parlamentar, excluindo assim o Grupo dos 15. Facto que vem evidenciando que o grupo, de ponto de vista formal, já foi abolido e não deverá merecer qualquer outra atenção nas próximas negociações, estabelecendo apenas o regresso dos elementos que o compõem ao partido. 

A grande verdade é que, devido às suas incapacidades política e de olhar para além da ponta do nariz, não foi possível constatar tudo isto antes da assinatura do acordo, só agora se percebe do seu desfavorecimento em relação ao Grupo dos 15 e, como consequência, com o Presidente da República no comando, provocou-se um compasso de espera, aproveitando processar as suas manobras dilatórias, em como afastar o conteúdo essencial do acordo, sobretudo no que tange à escolha da figura que deverá chefiar o próximo executivo. E, portanto, o CORDO assinado em Conacri, a 14 do mês em curso, transformou-se, aos olhos do Presidente da República, José Mário Vaz, num autêntico DESACORDO. 

Só resta uma palavra: hoje, mais do que nunca, está provado que nós temos um Presidente da República que, feliz ou infelizmente, falhou todos os compromissos, todas as metas e as previsões.    

Com isenção e responsabilidade.

De: Lope ku Fundinhu  


domingo, 23 de outubro de 2016

OPINIÃO: SINTOMAS DE MAIS UMA ASNEIRA POLÍTICA



Tem-se falado muito do nome de General Umaro Sissoko como eventual figura que irá liderar o próximo executivo, tendo sido apontado, entre os três nomes, como nome da preferência absoluta do Presidente da República, José Mário Vaz, e do Grupo dos 15 deputados dissidentes do PAIGC mas que, ao abrigo do último acordo assinado em Conacri, deverão regressar ao partido em conformidade com os estatutos do mesmo.

No que se refere à sua qualidade, não se ouve falar da sua experiência política nem tão pouco da qualificação académica que lhe permitirá enfrentar os desafios que irão advir do exercício das suas funções. Fala-se apenas da relação pessoal que se estabelece entre ele e alguns presidentes da nossa sub-região.

Em face do exposto, importa dizer o seguinte: o nosso povo não precisa de dirigentes que vão hipotecar o nosso país, mas antes reclama a presença de governantes com uma larga experiência política, apetrechados de conhecimento académico sólido, políticos dirigentes com credibilidade nacional e internacional, imbuídos do sentido cívico e patriótico que estarão a altura de preservar, como diz o nosso líder imortal – Abel Djassi, “a soberania total do nosso povo, no plano nacional e internacional e que nos permitirá marchar com os nossos próprios pés e guiados pelas nossas próprias cabeças”, para que o país se desenvolva na paz e na dignidade e de forma coerente e sustentável.

Portanto, o Presidente da República deve proceder à escolha mais acertada possível, através dos critérios objectivos, que são pressupostos que os três candidatos devem preencher, pondo de lado motivos pessoais, bem como a pretensão de prejudicar uma ou outra parte envolvida no processo.      

Com isenção e responsabilidade.       

De: Lope ku Fundinhu         

sábado, 22 de outubro de 2016

PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOSÉ MÁRIO VAZ, VAI-SE REUNIR COM O GRUPO DOS 15

O grupo dos 15 deputados dissidentes do PAIGC e que, segundo o acordo assinado em Conacri, vão regressar ao partido, reuniu-se ontem, num local cujo nome não pretendemos revelar, e hoje, vai-se reunir secretamente com o Presidente da República, José Mário Vaz, a fim de analisar antecipadamente a escolha da figura que ira chefiar o próximo executivo, soube o  Bolg Guiné-Bissau Positiva, através duma fonte colocada junto do referido grupo.

Segundo a mesma, durante o encontro de ontem, o actual chefe de executivo pediu aos colegas o voto de confiança, que lhe permitira permanecer no cargo, liderando assim o próximo executivo. Contudo, a pretensão não foi atendida pela maioria dos elementos que compõem o grupo, acrescentou.

José Mário Vaz tera prometido ao grupo de que vai nomear a figura sobre qual recaiu a escolha do mesmo, revelou.

O grupo dos 15 esta completamente dividido, enquanto uns apoiam o actual primeiro-ministro, Baciro Dja, outros encontram-se ao lado de Braima Camará, candidato derrotado por Domingos Simões Pereira no ultimo congresso dos libertadores, rematou.

De: Lope ku Fundinhu.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

A DEUS, PRIMEIRO-MINISTRO KATCHA-FAIA!



Baciro, dia ku buna bai, n’misti fala, dia ku buna tiradu suma primeiro-ministro, nôna waga sinsa bu tras, pa bu bai diritu, má tambe paka bu riba mas. Pabia abo ta tissi so disgrassa pa e povo li. Bu ka pudi fasi, bu kana dixa kin ku pudi fassi pa i fassi.

Ma Nhu Dumingus tam kuta pui djintis na es tudu, porque é incompreensível pegar num político tão incompetente, como Baciro Djá, e pô-lo como o seu vice-presidente. Nós já chegamos à conclusão que o actual Presidente dos libertadores se sente confortável em promover incompetência. Foi o mesmo que fez chegar um analfabeto ao cargo do Ministro da Administração Interna – um cargo tão importante na orgânica governamental. Ma Botché kila mostrau dja kuma el nan i burru pa natureza.   

Com isenção e impaciência.       

De: Lope ku Fundinhu         

JOSÉ MÁRIO VAZ - PRÉMIO NOBEL DE HIPOCRISIA



Este país já teve bons e maus políticos, competentes e incompetentes, patriotas e mercenários, honestos e mentirosos, fortes e fracos… mas o pior de todos os políticos que este país já conheceu é e será para sempre o Presidente da República José Mário Vaz.

Nas diversas intervenções que aqui fomos fazendo, diferentemente de muitos outros analistas políticos, mas também à semelhança de muita pouca gente, tivemos ousadia de apontar o Presidente Jomav como principal factor da instabilidade política no nosso país e continua a ser o principal entrave aos esforças possíveis por parte da comunidade internacional para encontrar uma solução a saída da actual crise política.   

Mais uma vez, o Presidente Jomav voltou a provar, perante a comunidade nacional e internacional, a sua incapacidade política, deixando-se substituir pelo homólogo presidente do país vizinho, mandatado pela CEDEAO, para mediar a crise política que tem assolado o país já há mais de um ano e que foi provocada por ele próprio.

O mais estranho é que, com todo o afundar do bloqueio institucional que se tem vindo a verificar, o Presidente tem viajado constantemente como se o país estivesse a travessar um momento político confortável, preferindo participar nos actos internacionais, do que permanecer no país para resolver o problema do seu próprio povo que lhe fez chegar ao mais alto cargo da magistratura. Ai Deus!

Existe alguém que tenha dúvida da gatunagem que os actuais governantes têm praticado no erário público? Há alguém que desconhece da informação que aponta que nem todos os funcionários públicos receberam os seus salários? Desde quando é que participar num simples acto de tomada de posse do Presidente da República de Cabo Verde, no qual participará apenas 4 chefes de Estado, seja mais importante de que começar o processo da implementação do acordo recentemente assinado em Conacri, que visa essencialmente resolver, de forma definitiva, a crise política vigente? Será que o seu óculo de incompetência não lhe permite ver tudo isto?

Não passa da hipocrisia e conivência, fingindo ser patriota, quando não é. Fingindo não ser parte do problema que tem agudizado a actual crise política, quando na verdade é o principal promotor da mesma, constituindo igualmente entrave ao processo do desbloqueamento. Mais uma vez, encontra-se na posse de ultrapassar o actual impasse político, nomeando a figura mais consensual entre os três, por ele, apresentados ao mediador da CEDEAO. Contudo, optar em escolher uma figura que não merecerá a confiança do partido que dispõe da maior representação parlamentar. Com efeito, nós somos do entendimento que sendo todos os três nomes, pessoas da sua confiança, o melhor seria atender também a pretensão do PAIGC, na qualidade do partido vencedor das últimas eleições legislativas com maioria absoluta, em como aproximar as divergências. Mas, ao que tudo indica, vai tentar, como tem sido, objectar a opção da direcção do PAIGC.     

Persistir no erro há mais de um ano, não pode ser compreendido como INCOMPETÊNCIA, mas sim como BURRICE!

Este país não pode continuar a ser o refém de um grupinho de pessoas. Cá se faz, cá se paga… si bu kontinua, ina tchiga dia ku bu na bai bias, ma bu na tudjidu riba li – bu na faladu: fika djanan la deh, pabia abo kila sim, bu ka pudi nan nada. Nô bai son!                  

Com isenção e responsabilidade.    

De: Lope ku Fundinhu         

UMA PAUSA INSUPORTÁVEL



Já lá vão quase 30 dias que não temos vindo a actualizar o seu Blog de preferência – único profundamente comprometido com os superiores interesses da nação guineense. A pausa que se fez sentir no nosso percurso não se deve por razões da inexistência do motivo do nosso aparecimento - informar e apresentar opiniões livres e isentos da crônica manipulação política da nossa sociedade, mas antes se traduz numa profunda reflexão sobre os mecanismos da convivência política e democrática que se têm vindo a verificar, bem como o agudizar do afundamento do país na situação de bancarrota.

A quebra do nosso silêncio deve-se ao facto de não suportamos ver o Presidente da República com a sua manta de falsidade e incompetência política em tirar o país do marasmo em que se encontra; o presidente da ANP a partidarizar a casa do povo; o PAIGC com o seu líder “competente promotor de incompetência” a defender os interesses do seu partido; os 15 traidores do povo, ditos deputados dissidentes do PAIGC, cada vez mais engajados na luta pelo poder; o PRS, como sempre, a dar o seu máximo possível em desestabilizar o país, para, num momento posterior, poder assumir as rédeas de governação. É mais ou menos uma coisa como autêntico teatro político! Tenham pena do coitado povo e procurem encontrar, de forma endógena, os melhores mecanismos de convivência política, por forma a garantir a estabilidade política – condição sine qua non para que os parceiros de desenvolvimento possam honrar com os compromissos assumidos na mesa redonda de Bruxelas.    

De 3 de Agosto do ano em curso à data presente, foram mais de dois meses de exercício intenso de cidadania, baseado no espírito de patriotismo, noticiando e analisando, mormente, os factos concernentes à vida política do nosso país. Isto é que o nosso país reclama de todos os seus filhos.

Caro leitor,

Chegado a este ponto, a nossa luta está muito longe de chegar ao terminal. O equivale a dizer que fizemos uma pausa que vai igualmente no sentido de, para além dos factos supra citados, auto-avaliar as nossas intervenções face às diversas circunstâncias políticas que temos assistido, bem como as atitudes perigosas, senão a dança diabólica dos nossos políticos – que se traduzem numa autêntica mandjuandadi di kakris na kabas. Enquanto o martirizado povo tem boiado suma nhominka na mar, suma marinheru na ossianu…

O momento que se segue será, como sempre, revestido de pensamentos críticos e positivos que possam impulsionar o desenvolvimento coerente e sustentável do nosso país!

Fique ligado ao Blog de preferência, GUINÉ-BISSAU POSITIVA, sempre na vanguarda da defesa dos superiores interesses da nação.  

Com isenção e responsabilidade.     

De: Lope ku Fundinhu