sábado, 3 de dezembro de 2016

ATÉ QUANDO CONFORMADOS, GUINEENSES?!



Mais uma vez, caros concidadãos, o nosso país, a nossa terra, a nossa Mãe Guiné chama-nos à responsabilidade e já passa da hora de agir, irmãos! 

O presente escrito não pretende demonstrar-se simplesmente eloquente e argumentativo, mas acima de tudo chamar atenção para o compromisso que cada filho desta terra tem consigo próprio, como parte integrante desta terra que custou sangue e suor para se libertar da barbárie colonialista; e com o país, porque sem ele nós somos nulos, sem o seu progresso tudo o que podemos achar de bom para nós é inútil, pois um corpo não é completo se lhe faltam as pernas: mais valeria a inexistência.

As crises de que sempre choramos no nosso chão, amigos, já se transformou em nosso pão de cada dia, parecendo que não nos damos conta disso e que a nossa terra, a terra que deu Amílcar Lopes Cabral ao mundo, está cada vez mais afogado em infantilidades políticas de gente sem cabeça que a serve de governantes. Seria bastante recordarmo-nos apenas dos nossos mais recentes sacrifícios para saber que nenhum decisor político, repetimos: nem um político desta geração que se seguiu à independência e que tenha assumido as mais altas funções de administração de Estado fez algo de que nos podemos regozijar, a não ser o nosso dinheiro, muito dinheiro que nos roubaram, o futuro que já nos comprometeram e falta de vergonha com que nos querem agora vender o país de Cabral e dos combatentes de liberdade da pátria.

Guineenses, irmãos!!!

Reergamos a nossa bandeira, resgatemos o nosso orgulho e amor pela nossa pátria e digamos de uma só vez: BASTA DE MALCRIAÇÃO DOS NOSSOS POLÍTICOS; e BASTA DE FALTA DE VERGONHA E RESPEITO DE CONVIDAR GENTE QUE NÃO SABE E NEM QUER SABER DE NÓS PARA OS ASSUNTOS EXCLUSIVAMENTE PERTENCENTES A NÓS, ENQUANTO UMA NAÇÃO SOBERANA! Não estamos a dizer que não precisamos da comunidade internacional, nem estamos a dizer que devemos sair da comunhão internacional das nações, não; mas queremos dizer que está na hora de percebermos quem somos nós e como devemos, nós mesmos, resolver problemas que são nossos e que nós criamos.

E o povo? É outra questão que se deve continuar a colocar: e o povo? O que faz para se salvar disto tudo? – Não sejamos covardes, irmãos. Os nossos combatentes contra o colonialismo não foram nunca covardes, penhoraram as suas vidas para nos libertarem, adiaram a sua juventude para sermos donos dos nossos narizes. Está na hora de sermos os verdadeiros donos do poder, guineenses; de sermos decisores livres da questão fundamental da nossa vida: PAZ E PROGRESSO!

ABRA OS OLHOS, CAMARADA! ESTÃO A ESTRAGAR-NOS A NOSSA VIDA. E PREFERÍVEL SERIA SER MORTO COM DIGNIDADE, QUE RENDER-SE À TIRANIA E DEMAGOGIA!

AVANTE, GUINEENSE!

De: Lope ku Fundinhu

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