Mais uma vez, caros
concidadãos, o nosso país, a nossa terra, a nossa Mãe Guiné chama-nos à
responsabilidade e já passa da hora de agir, irmãos!
O presente escrito não
pretende demonstrar-se simplesmente eloquente e argumentativo, mas acima de
tudo chamar atenção para o compromisso que cada filho desta terra tem consigo
próprio, como parte integrante desta terra que custou sangue e suor para se libertar
da barbárie colonialista; e com o país, porque sem ele nós somos nulos, sem o
seu progresso tudo o que podemos achar de bom para nós é inútil, pois um corpo
não é completo se lhe faltam as pernas: mais valeria a inexistência.
As crises de que sempre
choramos no nosso chão, amigos, já se transformou em nosso pão de cada dia,
parecendo que não nos damos conta disso e que a nossa terra, a terra que deu
Amílcar Lopes Cabral ao mundo, está cada vez mais afogado em infantilidades
políticas de gente sem cabeça que a serve de governantes. Seria bastante
recordarmo-nos apenas dos nossos mais recentes sacrifícios para saber que
nenhum decisor político, repetimos: nem um político desta geração que se seguiu
à independência e que tenha assumido as mais altas funções de administração de
Estado fez algo de que nos podemos regozijar, a não ser o nosso dinheiro, muito
dinheiro que nos roubaram, o futuro que já nos comprometeram e falta de
vergonha com que nos querem agora vender o país de Cabral e dos combatentes de
liberdade da pátria.
Guineenses, irmãos!!!
Reergamos a nossa
bandeira, resgatemos o nosso orgulho e amor pela nossa pátria e digamos de uma
só vez: BASTA DE MALCRIAÇÃO DOS NOSSOS POLÍTICOS; e BASTA DE FALTA DE VERGONHA
E RESPEITO DE CONVIDAR GENTE QUE NÃO SABE E NEM QUER SABER DE NÓS PARA OS
ASSUNTOS EXCLUSIVAMENTE PERTENCENTES A NÓS, ENQUANTO UMA NAÇÃO SOBERANA! Não
estamos a dizer que não precisamos da comunidade internacional, nem estamos a
dizer que devemos sair da comunhão internacional das nações, não; mas queremos
dizer que está na hora de percebermos quem somos nós e como devemos, nós
mesmos, resolver problemas que são nossos e que nós criamos.
E o povo? É outra
questão que se deve continuar a colocar: e o povo? O que faz para se salvar
disto tudo? – Não sejamos covardes, irmãos. Os nossos combatentes contra o
colonialismo não foram nunca covardes, penhoraram as suas vidas para nos
libertarem, adiaram a sua juventude para sermos donos dos nossos narizes. Está
na hora de sermos os verdadeiros donos do poder, guineenses; de sermos
decisores livres da questão fundamental da nossa vida: PAZ E PROGRESSO!
ABRA OS OLHOS,
CAMARADA! ESTÃO A ESTRAGAR-NOS A NOSSA VIDA. E PREFERÍVEL SERIA SER MORTO COM
DIGNIDADE, QUE RENDER-SE À TIRANIA E DEMAGOGIA!
AVANTE, GUINEENSE!
De: Lope ku Fundinhu
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