Ontem, dia em que o actual Executivo
completou 91 dias sem ter apresentado o seu principal instrumento de governação,
o BOING 767 trouxe um cidadão
guineense que se encontrava no estrangeiro há mais de dois meses, viagem que
não se resumiu apenas em receber os tratamentos médicos, mas também em desdobrar-se
em contactos com a diáspora guineense em Lisboa.
A
quem nos referimos?
Foi ele que nasceu em Farim a 20 de
Outubro de 1963, ano em que, em Titi, Arfam Djamba Mané deu primeiro tiro que,
depois de vários séculos da colonização, se desembocou no início da luta armada
de Libertação.
Foi ele que, em 1974, ano em que
Portugal reconheceu a Guiné-Bissau como Estado independente, integrou um dos
primeiros grupos de pioneiros que dava os primeiros passos na disseminação de
nova ideologia e orientação políticas.
Foi ele que, em 1981, terminou o Ensino
Liceal, no Liceu Nacional Honório Barreto (Kwame N’krumah), com distinção por
ter pertencido à lista dos dez melhores alunos que integraram permanentemente o
quadro de honra no curso complementar.
Ainda
não sabe de quem tratamos, pois não?
Foi ele que alcançou o título de Licenciado
em Engenheira de Construção Civil e Industrial, tendo igualmente obtido o de Mestre
em Ciências Técnicas da Engenheira Civil, na especialidade de estruturas, na
antiga União Soviética e nos Estados Unidos de América, respectivamente.
Foi ele que teve uma carreira
extraordinária no Ministério das Obras Públicas, tendo iniciado como um simples
técnico, tendo igualmente exercício, em comissão de serviço, a função do Chefe
de Gabinete do Ministro, passando para o cargo de Director-Geral até chegar ao
cargo do Ministro, pasta que veio ocupar duas vezes. Quem me dera!
Está
tendo noção mais ou menos de quem tratamos? Vem mais.
Foi ele que, a convite dos Bispos da
Igreja, dirigiu a Cáritas da Guiné-Bissau na qualidade de Secretário-geral,
tendo igualmente merecido a confiança das Universidades Católicas portuguesa e Moçambicana
para leccionar os cursos de pós-graduação.
Foi ele que dirigiu a CPLP durante 4
anos, passagem que foi acompanhada da frequência do Programa de Doutoramento em Ciências
Políticas e Relações Internacionais, pela Universidade Católica de Lisboa,
restando-lhe apenas a apresentação da Tese que se enquadra no âmbito da
obtenção do grau de Doutoramento.
Caro Leitor,
Já sabe de quem tratamos? Porque não?
Foi ele que chegou à presidência do
PAIGC em 2014 e, consequentemente, proposto, pelo próprio partido, ao cargo do
Primeiro-ministro, tendo sido empossado como tal a 3 de Julho de 2014, cargo do
qual foi desnecessariamente afastado na noite do dia 12 de Agosto de 2015!
Foi no seu mandato que a empresa da
electricidade, EAGB, pedia desculpas aos consumidores, através dos órgãos de
comunicação social, pela corte, sem aviso prévio, da energia eléctrica – um
caso inédito no nosso país.
Foi ele que chefiava o Governo que após
o triunfo na implementação do Programa de Emergência que se traduz
fundamentalmente em atacar as necessidades básicas do nosso povo (salvação do
ano lectivo, pagamento de sete meses de salário em atraso e fornecimento
regular da água e da energia eléctrica), preparou um plano de desenvolvimento e
transformação de 10 anos, com um marco intermédio em 2020, formado por seis
eixos, 23 campos de acção, 53 programas e 115 projectos e, em consequência, os parceiros
de desenvolvimento bilaterais e multilaterais prometeram, na mesa redonda de
Bruxelas, cerca de USD 1,5 mil milhões, 40 por cento dos quais em donativos, 30
por cento em empréstimos e as condições do restante ficaram por ser conhecidas.
Agora
sim! É o Eng.º Domingos Simões
Pereira.
Larga experiência política; formação
académica sólida; experiencia e credibilidade internacional, conhecimento da
realidade viva do nosso país, rigor profissional, responsabilidade, defesa dos
superiores interesses da nação, o seu amor ao trabalho, respeito aos outros e ao
princípio da pontualidade, bem como espírito de superação são estes, entre
outros, factores que ditaram o sucesso deste homem no campo político.
Temos que ficar por aqui, pois um dia
inteiro não é suficiente para escrever tudo sobre ele. Não é e nem será!
Uma pessoa dotada de vários
conhecimentos de ciência é útil à sociedade. Portanto, dêem-lhe oportunidade,
porque ele merece e já provou que dispõe da aptidão para impulsionar uma
mudança positiva e substancial na vida do nosso povo.
I bardadi kuma bianda sabi kata tarda na
kabas. Má ibardadi tam kuma sibu sinti sabura di bianda buta torna kuzinhal
mas. Es homi tem ku riba na turpessa.
De: Lope ku Fundinhu
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