quarta-feira, 17 de agosto de 2016

OPINIÃO: UM MANDATO CHEIO DE HIPOCRISIA



Nós enquanto cidadãos guineenses e conscientes dos nossos direitos e deveres fundamentais, não podemos ficar indiferentes face aos comportamentos que impossibilitem uma convivência são e pacifica entre os guineenses.

A análise que se propõe fazer aqui debruçar-se-á fundamentalmente sobre algumas acções e omissões por parte do Presidente da República, José Mário Vaz.

Não se consegue compreender o porquê da não demissão do actual Procurador-geral da República, António Sedja Man, cujo mandato se tem caracterizado pela grave violação de normas jurídicas, se não vejamos só: logo após a sua tomada de posse, tentou, sem sucesso, suspender o programa semanal Cartas na Mesa da RDN, tentando intimidar o Director-geral daquela instituição.

Várias foram as tentativas de detenção contra Ex-Governantes que se têm alinhado com as orientações políticas do actual Presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, proibindo, ele próprio e sem qualquer processo judicial contra os mesmos, a saída do país, incluindo o Ex-Primeiro-ministro, Carlos Correia.

Hoje, tudo deixa entender que a demissão do Hermenegildo Pereira do cargo do Procurador-geral da República deve-se ao facto de não se ter mostrado disponível em cumprir a agenda política do Presidente da República. Porque não?

E mais, é do conhecimento público que o Presidente da República, ao longo do seu mandato, tem falado na CORRUPÇÃO E MÁ GESTÃO DA COISA PÚBLICA, apontando-as como principais causas da demissão do primeiro Governo do PAIGC liderado por Domingos Simões Pereira.

Não obstante, optou por exonerar, sem qualquer justificação à semelhança das outras decisões, o Presidente do Tribunal de Contas, Mestre Vasco Manuel Evangelista Biaguê, que em menos de um ano do seu mandato i consigui fidi lifanti, dando parecer à Conta Geral do Estado e, no mesmo ano, mostrou-se disponível e determinado em apenas 45 dias apresentar o Relatório sobre gestão de fundos púbicos nos últimos três anos e, consequentemente, assacar as diferentes responsabilidades que dela pudessem emergir, como se pode ver: a responsabilidade política que seria encaminhada para a ANP e Criminal que seria direccionada para o único detentor da acção penal que é o Ministério Público, bem como a responsabilidade financeira que seria efectivada pela instituição sob a sua própria tutela. Impressionante!

Pela exposição feita, o ponto que se põe consiste exactamente em saber se, na verdade, o Presidente José Mário Vaz está interessado em combater os actos de corrupção neste país. Claro que não está!

É que não passa da hipocrisia por parte do Presidente da República! As suas posições apresentam certas particularidades que nos permitam, efectivamente, aproximá-lo dessa realidade. Ele é que cria ruptura entre as forças políticas, depois se fingindo ser o apaziguador da mesma. É ele mesmo, é! Ele é o falso bombeiro: verdadeiro causador e fingido apagador do incêndio.

Entretanto, é importante que se saiba que “não somos classificados pelas nossas palavras, mas sim pelos actos que praticamos”.         

De: Lope ku Fundinhu

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