Caros concidadãos,
Mais uma vez, a situação política e social do nosso país, Giné-Mamá, chama-nos a todos a uma profunda e patriótica reflexão, pois só deste modo podemos um dia inverter o mau e medonho quadro de vida política e social que temos desenhado durante muito tempo da nossa história.
A reflexão que ora propomos, diga-se com rigor, não pretende de nenhuma forma ser manipuladora de qualquer posição ou opinião contraditória, pois os democratas sabem contradizer-se, mas com sensatez e coerência. Vamos então ao que interessa...
Ontem, sem qualquer surpresa para nós, o Presidente da República José Mário Vaz deu posse ao quinto Primeiro-ministro de uma legislatura que só vai no seu segundo ano e, ainda por cima, com uma imediata oposição do PAIGC, partido vencedor das últimas eleições legislativas de 2014. Aliás, a concessão de posse ao novo chefe de governo, Umaro Cissokó, decorreu na ausência da maioria dos partidos com assento parlamentar, o que claramente demonstra a face de mais uma complicada jornada política que se inicia para o nosso país e, claro, para o sofrimento do coitado zé-povinho. As questões que se levantam a partir de agora são muitas, mas sumariáveis em seguinte número:
1. Que será para o JOMAV, olhando com cabeça para o acordo de Conacri, nomear um Primeiro-ministro de consenso e da sua confiança?
2. Será este o consenso que o senhor Presidente da República dizia ser diferente de unanimidade, apenas com o PRS e PND como únicos partidos com assento parlamentar na cerimônia de tomada de posse do novo PM?
3. E os quinze deputados desertores do PAIGC, que o acordo de Conacri manda de volta para casa que contaminou e a que diz não poder voltar "sem condições e em observância dos estatutos do seu partido", conforme consta do acordo? Ou o acordo é aplicável apenas em partes que convém aos desejos do JOMAV?
4. Com o PAIGC fora do governo, como a direcção do partido decidiu, não estaríamos de volta a tal vergonha de bloqueio do funcionamento da ANP, como aconteceu com o governo exonerado e liderado por Baciro Djá?
5. Que obscuro é isto de acordo de Conacri?!? Para PAIGC, União para a Mudança e PCD houve um nome de consenso, como terá dito o mediador da CEDEAO Presidente Alpha Konde, mas para o PRS e PND desconhece-se desse assunto... E agora, será a CEDEAO obrigada a esclarecer o assunto, ainda depois da nomeação do novo PM? - Necessário é, contudo, os costumes diplomáticos internacionais de reserva em relação a questões de "soberania" permitirá que tenhamos essa ajuda da CEDEAO?
São todas questões que cada guineense deve responder por si, com patriotismo e profundo compromisso com o bem da nossa querida pátria amada, pois todos nós sofremos destas propositadas crises que criamos para o nosso chão, por isso, já está na hora de sermos coerentes e sinceros connosco mesmos.
Com amor à pátria...
De: Lope ku Fundinhu
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